O que posso eu escrever-te? A ti que foste o primeiro e o ultimo?
Tu que aparentavas um sorriso tão ingénuo mas que se revelou tão nefasto.
E sim tu, com os teus lábios castanhos que me cheiravam a canela mas que ao paladar foram tão tóxicos como heroína.
Antes de ti era um rei que todas as noites se sentava numa poltrona e do cimo da minha torre feita de sombras contemplava, com um sorriso de prazer, o horizonte mórbido. Com um sorriso sim, o meu mundo era mórbido mas eu gostava dele assim.
Tu, pelo contraio, não gostavas dele tanto como aparentavas, e mesmo sendo livre de abandona-lo, foste o sismo que me deixou soterrado sob os seus escombros. Senti-te como trepadeiras espinhosas entrelaçadas no meu coração, senti-te um frio insuportável que me congelou os brônquios, e senti-te um enxame negro a bloquear totalmente a luz ao meu mundo.
Destruíste-me o que era superficial, destruíste a minha capacidade de demonstrar afecto, destruíste a minha vontade de amar, destruíste a minha auto-estima e o mais irónico, destruiste tudo isso sem que assim o desejasses. O superficial foi preenchido pelo frio metálico e foi assim que passei a ser totalmente automático.
Desejei que morresses,
que tivesses um acidente e uma merda qualquer se enterrasse no teu cérebro. É de facto um desejo vergonhoso, mas porque desapareceste depois de ter sido sincero contigo? Não pude falar, não pude descarregar a minha frustração, não pude explicar-me, não pude fazer nada a não ser continuar a sentir-me uma grande merda.
Cinco anos, cinco merda de anos, para que voltasse a conseguir dizer algo tão simples como “gosto de ti”, para que conseguisse estar no mesmo sitio que tu, para que conseguisse entregar-me a alguém, para que reconstruísse tudo o que destruíste… Para que conseguisse escrever-te isto.
Hoje tenho marcas no corpo que me relembram de ti mas agora compreendo que naquela altura sonhava demais, naquela altura embriagaste-me de ti.
Sei que não vais ler, mas ainda assim escrevo-te. Escrevo-te para me despedir, para dizer que finalmente apaguei o último vestígio de ti.
Adeus
15/12/08
27/11/08
Puta
“…”
Porque?
“…”
Pareço o quê?
“…”
Não sejas estúpido!
“...”
Dizem isso? Que digam! Não passam de uns merdas invejosos…
Cínicos, fúteis. Não tenho paciência. Não me interessam.
“...”
Aparento o que quiser. Visto o que quiser. Sou o que quiser.
“…”
Devias chamar-me isso mais vezes! Mas não, isso é o que quero aparentar.
“…”
Sou o que não conheces.
Porque?
“…”
Pareço o quê?
“…”
Não sejas estúpido!
“...”
Dizem isso? Que digam! Não passam de uns merdas invejosos…
Cínicos, fúteis. Não tenho paciência. Não me interessam.
“...”
Aparento o que quiser. Visto o que quiser. Sou o que quiser.
“…”
Devias chamar-me isso mais vezes! Mas não, isso é o que quero aparentar.
“…”
Sou o que não conheces.
09/10/08
Seelenschmerz
Kannst du für mich ein Engel sein
Kannst du für mich schuldig sein
Stellst du dich ins weiße Licht
Meine Augen siehst du nicht
Glaubst du noch an meine Lügen
Willst du dich nur selbst betrügen
Krallst dich viel zu fest an mich
Bitte, bitte glaub mir nicht
Kannst du für mich ein Engel sein
Kannst du für mich schuldig sein
Stellst du dich ins weiße Licht
Meine Augen siehst du nicht
Glaubst du noch an meine Lügen
Willst du dich nur selbst betrügen
Krallst dich viel zu fest an mich
Bitte, bitte glaub mir nicht
Kannst du in meiner Seele lesen
In meinen Träumen bin ich jede Nacht allein
E assim partilho esta “Seelenschmerz” com vocês. Quem souber alemão safa-se quem não temos pena. Muahahahah! just kidding, pode ser que eu depois poste uma tradução.
12/09/08
Momentos de raiva
Às vezes acendendo-me de raiva.
Uma ignição mais que explosiva,
transgride-me a alma, abafa-me a psique
Às vezes acendendo-me de tal fúria
que se liberta-se um bicho
esfola, esventra, emite sons estranhos… Parece-me que uiva
Quando me acendo, apago-me
Quase não me controlo, quase que não sou eu
Por instantes apetece-me bater-te, magoar-te
Apetece-me destruir aquele pequeno mundo que é teu
Invade-me o frio metálico e todo eu sou egoísta
mas são momentos estranhos, diferentes de qualquer outra tara
Não me descontrolo, sou antes controlado
Apetece-me calçar umas botas e com elas desfazer-te a cara
Apetece-me partir-te os joelhos, arrancar-te o maxilar
Pisar-te enquanto estas no chão e rir-me de te ver a chorar
Sim. Às vezes acendendo-me em cólera.
Foi mais um instante breve, mas sincero.
Penso numa possibilidade e assusto-me!
Imaginei esse bicho liberto…
Uma ignição mais que explosiva,
transgride-me a alma, abafa-me a psique
Às vezes acendendo-me de tal fúria
que se liberta-se um bicho
esfola, esventra, emite sons estranhos… Parece-me que uiva
Quando me acendo, apago-me
Quase não me controlo, quase que não sou eu
Por instantes apetece-me bater-te, magoar-te
Apetece-me destruir aquele pequeno mundo que é teu
Invade-me o frio metálico e todo eu sou egoísta
mas são momentos estranhos, diferentes de qualquer outra tara
Não me descontrolo, sou antes controlado
Apetece-me calçar umas botas e com elas desfazer-te a cara
Apetece-me partir-te os joelhos, arrancar-te o maxilar
Pisar-te enquanto estas no chão e rir-me de te ver a chorar
Sim. Às vezes acendendo-me em cólera.
Foi mais um instante breve, mas sincero.
Penso numa possibilidade e assusto-me!
Imaginei esse bicho liberto…
25/07/08
Homem de Foz Côa
Sonhei-te.
Deitado na minha cama, debaixo do meu corpo
Um réu preso a uma trama, sonhei-te acorrentado pelo pescoço
Não distinguias a luz encarnada vendado
Na tua pele, a cera marcada sentias
Na minha cama sedado, o que eu queria tu fazias
A tua pelve presa entre as minhas botas, entre as pernas o teu torso
Éramos dois animais de tesão, éramos dois corpos num coito
Uma envolvência brutal, banal que evoluiu para uma excepção
Sonhei-te, é verdade…
Deitado na minha cama, debaixo do meu corpo
Numa sexualidade perversa de quem não ama
Contudo depois de feito a temperatura era diferente
O frio metálico era inexistente e eu deitei-me ao teu peito
Sonhei-te, sonhei-me
Não te assustes que foi apenas um sonho
Mas foi bom… Libertei-me
Deitado na minha cama, debaixo do meu corpo
Um réu preso a uma trama, sonhei-te acorrentado pelo pescoço
Não distinguias a luz encarnada vendado
Na tua pele, a cera marcada sentias
Na minha cama sedado, o que eu queria tu fazias
A tua pelve presa entre as minhas botas, entre as pernas o teu torso
Éramos dois animais de tesão, éramos dois corpos num coito
Uma envolvência brutal, banal que evoluiu para uma excepção
Sonhei-te, é verdade…
Deitado na minha cama, debaixo do meu corpo
Numa sexualidade perversa de quem não ama
Contudo depois de feito a temperatura era diferente
O frio metálico era inexistente e eu deitei-me ao teu peito
Sonhei-te, sonhei-me
Não te assustes que foi apenas um sonho
Mas foi bom… Libertei-me
18/05/08
Gostos
Gosto do teu objecto
Gosto do odor intenso e do sabor salgado
Gosto de o ver, de o lamber, de massaja-lo
Gosto de senti-lo, gosto de prova-lo
Gosto de o abocanhar, gosto de o engolir
Gosto que o roces na minha cara
Gosto de mama-lo
Gosto do teu objecto… Não gosto de ti
Na verdade não te suporto sequer, mas do teu objecto… gosto
Gosto do odor intenso e do sabor salgado
Gosto de o ver, de o lamber, de massaja-lo
Gosto de senti-lo, gosto de prova-lo
Gosto de o abocanhar, gosto de o engolir
Gosto que o roces na minha cara
Gosto de mama-lo
Gosto do teu objecto… Não gosto de ti
Na verdade não te suporto sequer, mas do teu objecto… gosto
23/04/08
Amante automático
Entre faces conhecidas a tua apenas me soou a familiar
Não sabia de onde, não era importante, ainda assim soubeste explicar
Minutos mais tarde voltei a ver-te, estavas mais desfocado
Mais perto, mais quente e mais interessado
Beijaste-me, toquei-te, agarraste-me, algemei-te
Num suceder de acções minhas e tuas inchaste, cresceste, endureceste …
Toquei-te, senti-te. Fugiste! Assustei-te?
Desculpa a falta de emotividade mas sou assim, frio metálico… Um amante automático
Não demorou muito para voltares e beijares-me de novo
Depois de te sentir como senti não tinha duvidas que voltavas
Querias-me, mas havia um alguém que amavas - Disseste
“Ama quem quiseres” - Beijei-te, indiferente e apático porque sou assim… Um amante automático
Queria oferecer-me, queria provar-te
Amares alguém exacerbou-me, soubeste ligar-me
Se fosses outro não seria diferente
O botão era o mesmo e o prazer suficiente
Os teus dedos invadiram-me, enquanto te provava o suor
Provei-te a saliva, provei-te o esperma, provei-te o odor
Sabias aos outros e num beijo provaste-te
Foi errado, foi problemático, foi bom… Foi automático
Intrigaste-me! O que procuravas, fiquei sem saber
Foi o álcool? Foi o ambiente? Farto de romantismo?
Querias prazer por prazer? Uma mistura de tudo isto e algo mais?
Querias frio metálico… Dei-te sexo automático
Não sabia de onde, não era importante, ainda assim soubeste explicar
Minutos mais tarde voltei a ver-te, estavas mais desfocado
Mais perto, mais quente e mais interessado
Beijaste-me, toquei-te, agarraste-me, algemei-te
Num suceder de acções minhas e tuas inchaste, cresceste, endureceste …
Toquei-te, senti-te. Fugiste! Assustei-te?
Desculpa a falta de emotividade mas sou assim, frio metálico… Um amante automático
Não demorou muito para voltares e beijares-me de novo
Depois de te sentir como senti não tinha duvidas que voltavas
Querias-me, mas havia um alguém que amavas - Disseste
“Ama quem quiseres” - Beijei-te, indiferente e apático porque sou assim… Um amante automático
Queria oferecer-me, queria provar-te
Amares alguém exacerbou-me, soubeste ligar-me
Se fosses outro não seria diferente
O botão era o mesmo e o prazer suficiente
Os teus dedos invadiram-me, enquanto te provava o suor
Provei-te a saliva, provei-te o esperma, provei-te o odor
Sabias aos outros e num beijo provaste-te
Foi errado, foi problemático, foi bom… Foi automático
Intrigaste-me! O que procuravas, fiquei sem saber
Foi o álcool? Foi o ambiente? Farto de romantismo?
Querias prazer por prazer? Uma mistura de tudo isto e algo mais?
Querias frio metálico… Dei-te sexo automático
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