12/09/08

Momentos de raiva

Às vezes acendendo-me de raiva.
Uma ignição mais que explosiva,
transgride-me a alma, abafa-me a psique

Às vezes acendendo-me de tal fúria
que se liberta-se um bicho
esfola, esventra, emite sons estranhos… Parece-me que uiva

Quando me acendo, apago-me
Quase não me controlo, quase que não sou eu
Por instantes apetece-me bater-te, magoar-te
Apetece-me destruir aquele pequeno mundo que é teu

Invade-me o frio metálico e todo eu sou egoísta
mas são momentos estranhos, diferentes de qualquer outra tara
Não me descontrolo, sou antes controlado
Apetece-me calçar umas botas e com elas desfazer-te a cara
Apetece-me partir-te os joelhos, arrancar-te o maxilar
Pisar-te enquanto estas no chão e rir-me de te ver a chorar

Sim. Às vezes acendendo-me em cólera.
Foi mais um instante breve, mas sincero.
Penso numa possibilidade e assusto-me!
Imaginei esse bicho liberto…

3 comentários:

Satya disse...

Pois é... momentos fodidos que vamos tendo pelo caminho. Uns impulsos mais graves, outros mais agudos...seja como for, mais do que destruidores, são destrutivos tb para nós. É por isso que o superego é tão importante. Desde que nao te esqueças disso, tudo bem... kick boxing tlvz fosse, então, uma boa alternativa! =)

Leonor Ferreira disse...

Eh oh James. Isto estava mau neste dia.

beijinho fofinho como o teu interior mais secreto! LOL

x-pressiongirl disse...

Que magnífica experiência ler-te ao som de Sara Noxx. Que o teu "ignis" nunca se apague porque atrás das cortinas da tua fúria está o mais nobre dos corações. E só quem te souber interpretar por detrás da tua escrita violenta, quem souber ver além disso, será merecedor de saborear, animalescamente, desenfreadamente, toda a tua doçura.
Os espinhos da flôr são a única forma que ela tem para se defender do mundo. @-}-}--