18/06/09

A soma das partes Pt.1

Olá a todos.
Hoje o Sr. Love não está cá. E por ele não estar eu posso escrever. Eu que sou o menino James. Mas não escrevo só porque o senhor Love não está, escrevo porque fiz uma descoberta que quero partilhar.
Não sei se me consigo explicar, mas sabem, eu sempre tive amigos imaginários, isto é um grande problema porque há pouco tempo olhei-me ao espelho e percebi que já não era assim tão menino. Até já tenho um metro e noventa. E dizem que os meninos grandes não podem ter amigos imaginários. E pronto é isso.
Acontece que eles também são eu e eu eles e eles ajudam-me e não posso dizer-lhes para se irem embora só porque os adultos dizem que os meninos crescidos não podem ter amigos imaginários. Acho que eles iam ficar tristes na mesma.
Mas pronto o que têm de ser têm de ser não é? Pronto, então sabem o que eu fiz? Combinei uma reunião com eles para falar com eles e perceber quais é que devem ficar dentro de mim e quais vão mesmo ter de ir embora. Tenho pena deles na mesma mas o Sr. Love diz que têm de ser e ele é muito mandão.
E pronto a primeira foi a mistress Ditta que ela assusta-me um bocadinho e achei que ela ia ficar mais contente de ser a primeira, é que ela acha que deve ser sempre a primeira.Pronto aqui ficam as perguntas que eu fiz e as respostas que ela deu e as perguntas que eu fiz até foram mudadas pelo Sr. Love para parecer que eu sou mais crescido e tudo, se bem que eu acho que a Sra. Ditta tinha percebido na mesma se elas não fossem mudadas mas pronto… Eu já disse que o Sr. Love é muito mandão? Ah sim já disse sim…


James: Mistress, como se auto descreveria?

M.D: Elegante, sensual, sexual, decidida, inteligente, forte… Superior.

James: Existe quem utilizaria apenas a palavra arrogante… O que têm a dizer quanto a isto?

M.D: Absolutamente nada. (Esboçando um sorriso)

James: Isso quer dizer que concorda?

M.D: Não! Quer dizer que enquanto essas características me permitirem conseguir o que quero não me importa o lhe chamam.

James: E o que quer?

M.D: Mais! Mais poder, mais influencia, mais controlo. Ser venerada, pelos ignóbeis inferiores, como a Deusa que sou seria um bom começo.

James: E mais uma vez, há quem diga que todo esse ódio generalizado, não passa de um fachada para esconder as suas fragilidades.

M.D: Em primeiro lugar eu não tenho fragilidades, e em segundo eu não odeio toda a gente.

James: Não?

M.D: Não! Eu julgo-me melhor que toda a gente e isso são duas coisas completamente diferentes.

James: Certo… Bem, as suas proezas são conhecidas em todo o reino de Tyria. Depois de sobreviver à destruição de Ascalon foi um pilar importante no combate ao exército invasor de Charrs, liderou os refugiados numa travessia pela cordilheira gélida até Krita onde desmascarou uma associação de adoradores aos falsos Deuses. Combateu a expansão dos mortos-vivos, recuperou o ceptro de Orr, e uma vez no deserto cristalino ascendeu às divindades que a consideraram digna e capaz de salvar Tyria.

M.D: Esqueces-te que já viajei aos reinos distantes de Cantha e Elona e que já matei um dragão.

James: Façanhas extraordinárias, sem duvida… Ainda mais extraordinárias quando pensamos na sua escolha de profissão, existem vários guerreiros, monges, necromantes, elementaristas e assassinos de renome, mas na casta de mesmers isto é raro. O que pensa sobre isso?

M.D: Em primeiro lugar o número de mesmers é reduzido quando comparado com outras profissões, se por um lado existem alguns requisitos para esta profissão como o bom gosto refinado, inteligência acima do normal e habilidade invulgar, por outro é bastante difícil amestrar os atributos de ilusão e dominação desta profissão. De qualquer forma a maior parte dos meus colegas prefere passar as suas vidas em bibliotecas ou dedica-las à glória dos grandes palcos dramáticos.

James: E esse mundo não a fascina?

M.D: O mundo imaginário e metafísico fascina-me imenso… Ou não seria eu uma mesmer… Mas o que pretendo conquistar é o mundo real e por isso devo viver nele.

James: E porque seleccionou a necromancia como profissão secundaria?

M.D: Porque as artes negras possibilitam a conquista de poder como nenhuma outra. E para além disso divertem-me.

James: Err… Divertem-na?

M.D: Sim. Ainda me lembro quando eu e a Kalium fizemos a travessia da selva de Maguma. Ela incinerava todos os nossos inimigos numa determinada área e daí eu criava um exército de horrores de carne para lutarem por nós… Bons tempos.

James: Ah sim a elementarista Kalium, acho que todos ouviram falar do grande caos que as duas provocavam quando se uniam… Que tipo de sentimentos nutre por ela?

M.D: (Risos) Não sou uma pessoa muito sentimental mas gosto dela, é uma boa companheira. Devo confessar que o seu gosto para roupas é simplesmente desastroso e aflitivo… Mas gosto dela.

James: Pode descrever-me o seu estilo e capacidades de luta?

M.D: Como deve imaginar a força bruta não é o meu forte… A minha estratégia é a subversão. Posso anular as habilidades dos meus inimigos e redireccionar os seus ataques contra eles próprios. Posso dobrar a realidade e escoar ou drenar as suas bases de energia. Prefiro confundir e iludir os oponentes de forma a negar-lhes qualquer hipótese de reacção.

James: Muito bem. Terminamos por aqui… Muito obrigado.


Eu decidi que o melhor era a Sra. Ditta passar a fazer parte de mim, sabem é que ela não é assim tão má como parece afinal ela ajudou muitas pessoas mas pronto não é muito simpática. Mesmo assim fica porque é forte, porque sabe conseguir o que quer e isso é uma coisa boa. Conheço pessoas que deviam ter uma mistress Ditta como amiga imaginaria assim não iam parecer tão fraquinhas e indecisas…
Foi por isso que ela ficou.
Àaaaaa e não contem ao Sr. Love que eu escrevi isto para ele não se zangar tá bem ?

1 comentário:

Piri disse...

ficamos então à espera dos proximos capítulos e dos outros amigos imaginários.

Piri.. muah